O fenômeno climático conhecido como El Niño, que durante um ano e meio causou recordes sucessivos de temperatura em todo o mundo, está previsto para chegar ao fim no segundo semestre deste ano. Em seu lugar, é esperada a chegada do La Niña, a versão mais fria do fenômeno, segundo afirmou a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
O El Niño ocorre a cada dois a sete anos e se caracteriza pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico na região equatorial. Este aquecimento altera os padrões de circulação das correntes marítimas e das massas de ar, e os impactos são sentidos globalmente. “Dependendo de sua força, o El Niño pode causar uma série de impactos, como aumentar o risco de chuvas fortes e secas em determinados locais do mundo“, explica Michelle L’Heureux, cientista do Climate Prediction Center.
O La Niña é considerado o oposto do El Niño e é caracterizado pelo esfriamento das águas superficiais do Pacífico. Este esfriamento leva a uma queda nas temperaturas globais. No Brasil, o fenômeno costuma causar fortes chuvas nas Regiões Norte e Nordeste, enquanto no Sul, as temperaturas sobem e a seca se instala. Na última vez em que o La Niña vigorou, o fenômeno teve duração de três anos.
De acordo com a NOAA, espera-se que o El Niño continue a influenciar o clima global até maio deste ano. Após esse mês, um período de neutralidade climática deverá ocorrer, seguido da formação do La Niña. No entanto, não é sempre que os dois fenômenos ocorrem imediatamente um após o outro, eles podem se prolongar e se repetir.
O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, com a temperatura média sendo 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial, segundo o observatório europeu Copernicus. O El Niño tem um papel importante nesses registros sucessivos de calor e também esteve relacionado a eventos extremos, como ciclones extratropicais no Sul e uma estiagem acompanhada de queimadas na Amazônia, além de ondas de calor em várias regiões do Brasil.
Por: O Antagonista
Esporteenoticia.com