Para quem foi ao campo do Módulo Esportivo da Estância Turística de Ouro Preto do Oeste/RO, na tarde deste sábado (17) para ver a grande final do tradicional Campeonato Ruralzão de futebol de campo do município, viram um jogo preliminar eletrizante entre os aspirantes, porém, nunca imaginariam que o jogo mais esperado do dia, a grande final dos titulares terminaria em um verdadeiro desastre jamais visto pelos torcedores ouropretenses em todos os tempos do Ruralzão; que, entre acusações e discursão, os organizadores e representantes das duas agremiações, tiveram que usar o bom senso e declarar os 2 times campeões da temporada/22 e dividir a premiação sem terminar o as batidas dos pênaltis.
O tradicional Campeonato Ruralzão de futebol de Campo que teve início no dia 18 de junho; chegou a tão esperada e grande final no último dia 17 de setembro (sábado) no campo do Módulo Esportivo em Ouro Preto, teve inicio às 13h15 com a categoria Aspirante, entre a Conejo e Santa Helena, logo em seguida, às 15h15, entrou em campo a categoria Titular, entre os times da Serra Azul e Nacional.
O primeiro jogo dos Aspirantes ficou marcado com grandes jogadas, dois times aguerridos que só desejavam a vitória, mas os gols ficaram reservados para o segundo tempo quando a Conejo abriu o placar com Vaguinho, mas sem conseguir ampliar, e por muitas vezes quase permitir o empate, o Santa Helena crescia e jogava com muito mais raça.
Nos acréscimos e em uma bola parada, acontece um dos gols mais bonitos do campeonato, uma cobrança de falta perfeita, cobrada pela intermediaria direita pelo artilheiro Maurício, que deu uma verdadeira bomba jogando a bola goleiro e tudo para dentro das redes, sagrando a Conejo campeã, com o placar de 2 a 0 na grande final do Ruralzão (categoria Aspirante).
Logo em seguida teve início da decisão mais esperada, onde muitos falavam, que, sem dúvida, seria o confronto entre as duas equipes mais fortes de todo o campeonato, inclusive, as duas equipes o Serra Azul e o Nacional, finalistas, sairam do mesmo grupo na fase de classificação, isso tornou o clássico mais disputado ainda, onde as equipes se entregaram fazendo um dos jogos de final mais disputado de todos os tempos, consagrando e eternizando os goleiros pelas lindas defesas.
Primeiro Tempo, Titulares:
As equipes iniciaram estudado o jogo e pouco se arriscavam, porém, o Nacional (jogando de amarelo) passou a pressionar mais dando profundidade com Nildinho pela lateral, mas quando os zagueiros não cortavam os cruzamentos, o goleiro do Nacional aparecia bem e jogava a bola para longe ou escanteio, cedendo vários durante o primeiro tempo.
Portanto o lance mais perigoso do primeiro tempo aconteceu em um ataque fulminante do Nacional, que, em uma pancada na trave a bola voltou na cabeça do artilheiro Nildinho, que sem esperar o rebote, não conseguiu direcionar a bola ao gol, cobrindo o goleiro; do outro lado, o grande goleiro mais conhecido como Chola, apenas fazia pequenas defesas, mas repunha a bola com velocidade e de forma certeira, adiantando seu time e os mantendo sempre no ataque, mesmo com grande empenho das duas equipes, não teve jeito, o primeiro tempo finalizou no 0 a 0.
Segundo Tempo:
Na volta do segundo tempo o Nacional veio na mesma pegada, mas o Serra Azul volta diferente impondo mais o jogo e, importunando os defensores do Nacional, fazendo que o goleiro Chola a aparecesse mais, obrigando que ele ficasse ligado e fazer o que mais sabe, as grandes defesas.
Depois de uma pequena pausa para hidratação, já que o sol de quase 40 graus não dava trégua, como um passe de mágica, o sol foi encoberto por nuvens e isso inspirou mais ainda os times, o jogo que já era bom ficou melhor ainda com pressão dos dois lados, isso passou a dar mais trabalho para a arbitragem, que para controlar o ímpeto dos atletas que queria a vitória a qualquer custo, passou a distribuir cartões amarelos.
Aos 20 e poucos minutos do segundo tempo, em mais um dos ataques fulminante do Nacional, o camisa 10 Junior (Wilson Gonçalves Junior) oportunista, não deu chances para o goleirão Anderson, sem desperdiçar a oportunidade, colocou a bola no canto direto de forma indefensável pelo bom arqueiro do Serra Azul, marcando o primeiro gol da partida, 1 a 0 para o Nacional, botando mais lenha no fogo da decisão.
O Nacional com o gol, partiu para cima tentando definir; atrás do placar o Serra Azul passou jogar mais, fechava a zaga para não levar mais gols e voltava fechadinho nos contra-ataques e isso surtiu efeito, já nos acréscimos, no finalzinho do jogo, praticamente no ultimo lance da partida, o camisa 10 Mateuzinho (Matheus Leonor Ferreira) inteligentemente, desceu pela lateral direita e cruzou uma bola despretensiosa na área do Nacional que estava bem fechada com mais de cinco na defesa, infelizmente para eles, a zaga bateu cabeça permitindo que Leone (Leone O. Barbino) contando com a sorte, apareceu entre eles, a bola bateu em sua perna deslocando o goleiro Chola, marcando o gol do empate e levando a decisão para os pênaltis.
Pênaltis eternos e tumultuados:
O jogo que parecia ter um ganhador sofre uma grande reviravolta, com o empate o tão sonhado título volta a fica aberto, o Serra Azul e o Nacional iniciam as disputas dos pênaltis na locução especial do prefeito da cidade, Alex Testoni que estava pestigiando o evento juntamente com seu vice Peragibe Felix (PSDB) e Andreza Justina Dias (Secretária de Educação Cultura e Esporte); porém, dai para frente os goleiros passaram a serem os grandes protagonistas do jogo.
O goleiro Chola do Nacional e Romulo do Serra Azul viraram heróis pelas gandes defesas, depois de tantas cobranças de pênaltis alternados os jogadores desconcentrados, assustados com as belas defesas dos goleiros e com sinais de escurecimento do local (já que o Modulo Esportivo, apesar dos grandes postes de refletores, após roubos da fiação, nenhum acende) os batedores passaram a errar os chutes, os que acertavam a direção eram pegos pelos goleiros, Chola mesmo sofrendo dores fortes de câimbras debaixo das costelas, fazia grandes defesas.
A Grande confusão:
Em andamento euforico com as batidas de pênaltis, quando o jogador perdia o gol o goleiro do outro lado pegava o próximo chute, com isso o tempo passava e escurecia, o prefeito que fazia a locução teve que se ausentar por ter outros compromissos e a locução ficou por conta do vereador André Henrique (PV), até que em algum momento ele chamou o nome de um certo jogador para cobrança (não vamos citar nomes) ele não estava presente, alguém disse que o jogador não se sentia bem e teve que ser levado ao hospital, mas logo confirmaram que a informação era mentirosa e que na verdade, o atleta teria ido embora porque tinha que ir para seu trabalho.
Neste momento deu início a uma confusão generalizada, só não saíram nos tapas, mas xingamento e dedos na cara não faltaram; neste momento mesmo que quisessem dar continuação aos pênaltis seria quase impossível, a escuridão já era quase total no campo.
Apresentando uma forma sensata para o término dos pênaltis, os organizadores sugeriram cancelar a última cobrança (já que o cobrador anterior teria perdido o gol), neste caso, iniciarem do zero nas cobranças alternadas, mas não teve acordo com os diretores dos times, os xingamentos e acusações continuavam; inclusive a de que um dos times finalistas teria descumprido o contrato, fazendo uso de atleta irregular durante o campeonato.
Com a indefinição os organizadores para resolverem o impasse, resolveram encerar os pênaltis e levar o caso a outra instancia, tomar decisão em reunião em outro lugar e em outro dia, já que naquele momento hostil eles corriam risco de serem agredidos, pois nom local não tinha policiamento, somente alguns seguranças particulares.
A Premiação:
Com o tempo passando e ficando cada vez mais escuro, os organizadores resolveram fazer a premiação para os Aspirantes (Conejo x Santa Helena) à luz de celulares, já que os Aspirantes não tinham nada a ver com os acontecimentos, porem, antes de iniciarem a premiação, chegaram os dois representantes dos times Titulares, informando que ambos, decidiram rachar a premiação e, se aos organizadores aceitariam a proposta de que nessa temporada o Ruralzão/22 tivesse 2 campeões, para acabar de vez com o problemas, a proposta foi aceita pelo bom censo dos organizadores, no entanto, o resultado ficou assim:
Na categoria Aspirante a Conejo levou o título de campeão do Ruralzão/22 com dois gols, um do Maurício e outro de Wanderson; o Santa Helena ficou como vice-campeonato, sem marcar gols.
Aspirantes = (Além da premiação em dinheiro) o individual ficou assim:
Artilheiro: Geovane do Ajax;
Melhor Goleiro: Marcio da Conejo;
Melhor jogador do campeonato: Weverton do Santa Helena.
Titulares: O Nacional e o Serra Azul, com o jogo empatado em 1×1 e sem definição dos pênaltis, os dois times foram considerados campeões do Ruralzão/22 e dividiram a premiação em dinheiro, os gols no tempo regular foram feitos por: Leone para o Serra Azul e Junior para o Nacional.
Premiação individual:
Artilheiro: Milão do Nacional;
Melhor goleiro: (decisão dividida por unanimidade) foram eleitos o Chola do Nacional e o Romulo do Serra Azul;
Melhor jogador do Campeonato: Milão do Nacional.
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Por: Wellington Gomes
Esporteemoticia.com