As invasões a propriedades rurais do Brasil voltaram a ser uma realidade. A Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), invadiu ao menos sete propriedades rurais em São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul, durante uma operação chamada Carnaval Vermelho. As ações foram filmadas e fotografadas pelos próprios invasores e publicadas nas redes sociais do movimento.
Em Mato Grosso do Sul a Fazenda Fernanda foi invadida em Japorã. Lá, vídeos mostram supostos desentendimentos com pessoas contrárias à invasão. Barracos teriam sido queimados.
Em São Paulo, foram invadidas a Fazenda Floresta e a Fazenda São João, em Marabá Paulista, a Fazenda São Lourenço, em Rosana, a Fazenda São Domingos, em Sandovalina, a Fazenda Santana, em Planalto do Sul (distrito do município de Teodoro Sampaio), a Fazenda Santa Rosa, em Mirante do Paranapanema, e a Fazenda Santo Antônio, em Presidente Epitácio.
Repúdio
Entidades e lideranças que que representam o agronegócio emitiram notas oficiais, repudiando os ataques às propriedades privadas e cobrando celeridade das autoridades na resolução do crime e pedindo punição aos envolvidos.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), se manifestou sobre as invasões em seu Twiter. “Condeno veementemente o “carnaval vermelho”, invasões de terras produtivas que temos presenciado nos últimos dias. Isso é crime! O direito de propriedade está previsto na Constituição. Em uma semana, já foram mais invasões que em todo o governo anterior”, disse ao lado de uma foto mostrando a movimentação de pessoas em meio a plantações.
A Sociedade Rural Brasileira emitiu nota oficial. “A Sociedade Rural Brasileira repudia veemente as invasões de terra noticiadas na região do Pontal do Paranapanema, na manhã deste sábado (18/02), no interior de São Paulo. A ação desses movimentos fere o direito de propriedade e traz insegurança jurídica para o campo.
Conclamamos que as autoridades tomem medidas imediatas para reintegrar essas áreas assim como para conter esses movimentos, que estão praticando atos criminosos de invasão de propriedade privada e áreas produtivas. É inconcebível que o setor, importante pilar econômico do nosso país e produtor de alimentos para o Brasil e o mundo, volte a viver esses momentos de insegurança e violência.
A SRB considera muito preocupante o ocorrido e entende que se faz necessária uma resposta rápida do Governo Federal, para que o produtor rural siga avançando com segurança e garantindo emprego, renda e alimento na mesa da população”.
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja cita em sua nota o retorno das invasões que praticamente não aconteceram no governo anterior. “”A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), entidade que congrega 100% da área plantada com soja em território nacional, vem a público repudiar as invasões de terras que ocorrem em todo o país.
Tais práticas, que já haviam sido praticamente reduzidas a zero nos últimos anos, acendem um sinal de alerta a todos os empreendedores rurais e às suas famílias que investem tempo e dinheiro na produção de alimentos a todos os brasileiros.
A Aprosoja Brasil se solidariza com os diretores da Aprosoja São Paulo, sobretudo com os produtores que tiveram suas propriedades invadidas neste final de semana na região oeste paulista.
Esse tipo de violência é um retrocesso e uma afronta ao Estado Democrático de Direito e ao Direito de Propriedade.
Por este motivo, a Aprosoja Brasil conclama as autoridades constituídas a combater este tipo de crime em todo o território nacional e a punir os responsáveis”, destacou em seu comunicado.
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