Janira Rocha, advogada e ex-deputada estadual pelo PSOL, que levou a mulher de um traficante para agenda no Ministério da Justiça, negou que tenha recebido dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho.
A informação foi divulgada pelo Estado de S. Paulo. “Como advogada iniciei meu contrato com a Lu [Luciane Barbosa Farias] em 2020. Ela me ligou e me pediu ajuda para a criação da associação Instituto Liberdade do Amazonas e, fui contratada para fazer o estatuto e o processo de legalização. Fiz um contrato com a Lu, de prestação de serviços, honorários e todos os recursos que eu recebi desse contrato foi na minha conta, não sei qual faccionada dão suas próprias contas para atividades ilícitas. O contrato inclusive apresenta minha própria conta”, afirma.
Janira fez uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (14), com Luciane Barbosa Farias para comentar sobre o caso.
Audiência com Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça. Na foto está a Luciane Barbosa Farias (vestida de camisa branca e blazer preto) — Foto: Reprodução/Instagram.
“Não confirmo recebimento na minha conta de facção criminosa, eu confirmo que tenho um contrato afirmado por mim e pela Luciane que determinava meus valores. Não confirmo essa falácia das épocas que eu ia em audiência e recebia valores na minha conta, isso é mentira”, completou.
Também durante a coletiva, Luciane alegou que o secretário não sabia quem era seu marido porque “não vinha ao caso”.
“Nunca fui conhecida como a dama do tráfico e sim como Lu Farias, fui recebida, ele não sabia quem era meu esposo afinal isso não vinha ao caso já que eu estava lá representando uma associação. Meu esposo está preso sim, pagando pelo crime dele, mas a minha luta é pelos direitos da população carceraria”, disse Luciane durante a coletiva.
Luciane é mulher de Tio Patinhas, preso em dezembro de 2022. Ele já havia sido detido em 2018, quando já era considerado um dos criminosos mais procurados do Amazonas, mas foi solto por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado.
De acordo com a reportagem do Estadão, Luciane é o braço financeiro da operação do marido, e foi ao Ministério da Justiça em março e maio de 2023.
Segundo o blog apurou, o secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, recebeu um pedido da advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual do Rio de Janeiro pelo PSOL para receber uma delegação de mulheres, e Luciane estava entre elas.
Nos bastidores, assessores do ministro da Justiça, Flávio Dino, consideraram o episódio um erro de Vaz, que “deveria ter checado” a lista de participantes.
Por: g1/SP-São Paulo
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