- Cláudio Pereira Magalhães, conhecido por Don Papito, é apontado como chefe de todo o esquema. Era responsável por toda a logística de aquisição, armazenamento, transporte e venda de entorpecentes. Segundo a polícia, ele possui registros por tráfico de drogas e, além de liderar o consórcio da droga, atuaria também como batedor dos caminhões que levam os entorpecentes. Don Papito, investigado na operação Canto da Serpente em RO; Áudios que a Rede Amazônica teve acesso mostram como ele negociava as drogas (clique aqui e ouça).
A primeira célula responsável pela lavagem dos capitais vindos do tráfico era liderada por Cinthya Melo e a segunda por Alef Heron, segundo a polícia.
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Cinthya Melo, investigada na operação Canto da Serpente em RO — Foto: Reprodução
- Cinthya é conhecida por ser cantora. Ela fazia apresentações musicais pela cidade. Conforme a polícia, ela abriu empresas de fachada no ramo da beleza e de materiais de construção para lavagem de dinheiro. Ela contava com ajuda de pelo menos quatro sócios e comandava dois laranjas.
- Alef Heron também é morador de Guajará-Mirim e é suspeito de montar uma gama de empresas de fachada usando nomes de laranjas. O objetivo, segundo a polícia, era receber, movimentar e transferir valores vindo do tráfico. Ele contava com ajuda de pelo menos um sócio e comandava cinco laranjas.
Contabilidade
- Kelvin Aparecido Moreira é apontado como responsável pela contabilidade da organização, principalmente, por administrar os valores vindos do tráfico de drogas que eram depositados nas contas de laranjas.
O que diz a defesa dos citados?
A defesa dos suspeitos afirmou que aguarda o relatório conclusivo do caso. A defesa disse que os valores levantados pela Polícia Federal não condizem com a realidade dos suspeitos e que ao final do processo será provado que os suspeitos não praticaram crimes relacionados ao tráfico de drogas.
Operação Canto da Serpente
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Dinheiro localizado durante as investigações da Operação Canto da Serpente em RO — Foto: Reprodução
A operação foi deflagrada no dia 25 de novembro para desarticular um dos maiores esquemas de tráfico de drogas da região de fronteira rondoniense. Segundo a PF, durante a ação foram sequestrados 25 veículos, avaliados em cerca de R$ 1,2 milhão, além do sequestro de quatro imóveis.
A Receita Federal do Brasil, que ajudou a PF a rastrear as ações financeiras, descobriu que a organização criminosa de Guajará-Mirim movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão. “Além disso, análises fiscais indicam que, apenas entre créditos e débitos de contas cujos investigados eram titulares, chega-se à monta de aproximadamente R$ 700 milhões”, diz a polícia.
A Justiça Estadual de Rondônia determinou a suspensão de 14 empresas que eram usadas pelos criminosos para movimentar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Também foram bloqueados R$ 330 milhões das contas dos investigados. A investigação da operação Canto da Serpente envolveu cerca de 140 policiais federais, sendo mais de 100 apenas em Guajará-Mirim.
Por: G1/RO e Rede Amazônica
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