O resultado do laudo tanatoscópico revela que Edu sofreu seis lesões provocadas por golpes de faca, sendo que quatro facadas atingiram a parte das costas e nuca da vítima. Uma das facadas na região do pescoço foi o golpe fatal.
O homicídio foi registrado na manhã de 19 de fevereiro, um domingo, à Rua Anderson Cabral de Souza, via paralelo ao canal do igarapé Ouro Preto, na casa onde a vítima residia. Edu foi golpeado duas vezes pelas costas e ainda foi socorrido ao HM. Um adolescente com 16 anos confessou em depoimento, ter assassinado Edu, e no dia seguinte o delegado Niki Locatelli representou pela internação do menor pela suspeita de ter praticado o fato análogo a crime de homicídio.
Havia questionamento quanto ao fato de o menor ter agido sozinho ou recebido ajuda de alguém para assassinar o dançarino que tinha porte físico para ao menos tentar se defender. No entanto, o afunilamento das investigações, feitas pela polícia judiciária, apontam que o adolescente agiu sozinho conforme adianta o delegado Niki Locatelli, que conduz o inquérito:
“Essas lesões nas costas, às quatro facadas na parte da nuca indicam que realmente foi um homicídio qualificado pela traição, sem chance de defesa pra vítima. Não tinha marcas de briga, de pancadas. Não há outras lesões que indicam agressões físicas por outro instrumento que não seja por faca, e reforçam a tese de que o adolescente agiu sozinho”, detalhou esta manhã o delegado Niki Locatelli.
O menor se encontra internado há um mês e cinco dias em Ji-Paraná, no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), onde ele cumprirá, inicialmente, internação provisória de 45 dias.
A Polícia Civil local também recebeu o resultado de um exame pericial muito importante que é o de conservação de sangue nas roupas colhidas na cena do crime, à base de luminol, para identificar possíveis vestígios de sangue.
Família de Edu Costa tenta retomar a vida normal
Helbio Eduardo Rosa Costa, ou Edu Costa como era conhecido, era o membro da família que colocava todos pra cima, com energia contagiante e renovadora. Ultimamente, ele estava aperfeiçoando seu talento como percussionista, e um dos últimos VÍDEOS gravados por ele mostra essa evolução: “Não tá muito fácil. A vida do meu pai e da minha mãe praticamente.
acabou. Uma coisa que a gente não quer aceitar. Meu pai só sabe chorar”. Assim a ex-dançarina Daiane Costa, que fazia par com o irmão Edu nos palcos de Rondônia se manifestou ao saber do desfecho da investigação.
A morte de Edu não deixou apenas a família dele arrasada, uma filha sua com 21 anos de idade também se esforça para se recuperar da perda, sobretudo da forma como aconteceu.
“Ele era tudo pra filha, inspirava e dava forças”, conta a irmã. Outra irmã tatuou o rosto do irmão em sua perna como forma de eternizar as lembranças boas que ficaram guardadas.
Amigos de palco e pessoas que participaram ou presenciaram a vida artística de Edu Costa de várias cidades de Rondônia até hoje lamentam a morte bárbara e com instinto de crueldade praticada, segundo a polícia concluiu, por um adolescente de 16 anos de idade.
Por: CorreioCentral
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Fonte: Correio central