
Jato Embraer da Azul em Rondônia (GERO)
O Aeroporto Internacional de Porto Velho, em Rondônia, respondeu por 0,5% do tráfego aéreo de passageiros no Brasil, segundo a ANAC, mas é no estado da região Norte onde estão concentrados milhares de processos judiciais movidos por passageiros contra as empresas aéreas.
O estranho fenômeno foi revelado por uma reportagem do site G1 após a Azul Linhas Aéreas anunciar a redução da malha aérea no estado, por conta do alto nível de processos judiciais contra ela.
Os motivos para tantos processos envolvem cancelamentos e atraso de voos, mas há também pedidos de indenização por dano moral. Em comum, esses processos são intermediados por escritórios de advocacia especializados em defender passageiros.
A alta possibilidade de receber algum tipo de indenização na Justiça do estado parece estimular reclamações já que dos 15 mil processos movidos contra a Azul apenas 10% deram ganho de causa à companhia aérea.
Diante da insegurança jurídica, a empresa e também a Gol anunciaram a redução dos voos que atendem a região. Esta última encerrou o voo entre Porto Velho e Manaus e mantém agora uma frequência para Brasília (DF). A LATAM, que voa para Brasília e Guarulhos, manteve sua operação normal.

Veja nota da Gol:
-“A Gol informa que, na comparação de sua malha aérea de julho/23 x maio/23, reduziu em 48% a oferta de assentos no Estado de Rondônia e cancelou os voos de Porto Velho para Manaus. A alta judicialização enfrentada pela companhia em Rondônia é um fator decisivo para o encolhimento das operações da Gol no Estado e, ainda, um desestímulo para a manutenção dos serviços. Neste momento, não há previsão para retomar a oferta em Porto Velho“.
Confira a nota da Azul:
“A Azul informa que realizou, recentemente, adequações na frequência da malha da companhia em Rondônia. As alterações ocorreram principalmente devido ao elevado índice de judicialização no Estado, o mais alto do Brasil, o que aumenta o custo da operação na região.
A companhia esclarece ainda que está em contato com os diversos entes dos poderes públicos no Estado para buscar uma solução definitiva para minimizar os eventuais impactos aos seus clientes. Assim que ações sejam feitas para reduzir o problema, a companhia possui interesse em voltar a voar mais no Estado“.
Por: Ricardo Meier/Airway
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